
[FONTE: Wikipedia]
Caso 1: ferida narcísica aberta
Homem, 35-40 anos, policial, em perícia para aposentadoria.
O médico que primeiramente o avaliou fez uma correlação entre os sintomas atuais e um traumatismo craniano sofrido pelo paciente. Porém, a “pancada” foi ainda na infância, e aparentemente não deixou seqüelas imediatas. Diagnóstico estranho. Aprofundo um pouco a investigação, e o forte homem começa a chorar e diz: “Vou falar a verdade, doutor, isso foi um chifre que tomei e nunca mais consegui me recuperar...”
Conta que, poucos meses após ter se casado com uma mulher que já tinha um filho, de outro, ela pediu ao paciente que configurasse seu celular. Ele viu um número discado e achou que fosse para o pai da criança. Ela negou. Ele disse a ela: “Vou te dar uma chance de falar a verdade, se não falar mato vocês dois!” Ela confessou que ligou a ele. Pressionada sobre o motivo, disse apenas: “Ah, sei lá, me deu uma doidura...” E negou contatos físicos com o ex. “Mas eu comecei a juntar muitos fatos, e vi que tinha algo estranho...”
“Minha família antes me respeitava, mas aí passei a ser visto como um corno, minha auto-estima foi lá embaixo, nunca mais consegui trabalhar direito...”
Tornou-se muito irritável, agressivo, não conseguiu ter outros relacionamentos satisfatórios com o sexo oposto.
Baixa resposta ao tratamento medicamentoso.
Caso 2: ferida narcísica cicatrizada
Mulher, 60-65 anos (aparenta bem menos), do lar.
Quadro depressivo leve, boa resposta aos medicamentos.
Divorciada, tem filhos e netos, mas mora sozinha.
Casou-se antes dos 20 anos. Por volta dos 45 anos (mais de 25 anos de casada, portanto), descobriu que o marido tinha uma amante. Os amigos da família aconselharam a não se separar. Deprimiu. Voltou-se para a religião e “fui tirando aquilo do coração”. Agüentou a situação por quase 10 anos. “Eu era a empregada dele, telefonista, passadeira...” Então, com quase 55 anos, pediu a separação. “Ele já tinha filho e tudo com ela... Cansei daquilo e pedi desquite. Agüentava porque ainda tinha filho pra criar, mas já estávamos em separação de corpos...”. Hoje, “de boa, ele vai lá em casa, a outra já foi lá também”.
“Até apareceu”, outros homens, mas não quis, “medo de viver tudo de novo, tava bem sozinha...”.
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